quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Raul Seixas Psicografado


 Eu nasci a 10 mil anos atrás, mas como fui uma metamorfose ambulante, não tive aquela velha opinião formada sobre tudo.
Lembro que pra lançar discos de protesto, eu tive que reclamar até conseguir uma carimbada d um carimbador maluco. E por ser um grande pensador_o fundador da sociedade alternativa e da lei da liberdade_fui o prato mais caro do melhor banquete, o que se come cabeça de gente que pensa.
Mas meu cérebro não era tão puro assim; já fui de fumar, de cheirar e de me perfumar, mas logo cansei de acordar pelo chão e parei de andar na contra-mão.
Fui paranóico e procurava sei lá o que.
Até que achei a pedra de Gênesis, que está bem aqui e agora.
Morei na minha mente, fui um canceriano sem lar. Me tratei na clínica Tobias do blues.
Encontrei o Gita em um sonho e descobri que ele é a luz das estrelas e a cor do luar.
Dei conselhos a Júlio César, Alcapone e Jimmy Hendrix.
Nunca quis provar nada pois eu não era besta pra bancar onda de herói. Já sabia que o mundo foi e sempre será uma porcaria, que dá no mesmo ser policia ou ladrão, ser politico ou traidor.
Agradei a Deus fazendo o que o Diabo gosta. Fui louco mas fui feliz. Provei que a formiga só trabalha por que não sabe cantar.
Mas isso tudo é ouro de tolo, e não passa de uma piada um tanto quanto perigosa. A vida é curta e mesmo 10 mil anos são poucos pra aproveitá-la.
O termômetro registrou, a enfermeira confirmou a minha morte, a sua sorte. Morri e nem sei qual foi o mês.
Não me arrependo de nada que fiz, mas gostaria de tentar outra vez.
P.S.: Agora sei que o fim da vida nunca é a conclusão da história pra quem morre.
Raul Santos Seixas

1 comentários:

Unknown on 29 de agosto de 2009 às 11:13 disse...

puts mt foda!
sem explicação....
rau é maraaaaaa!

 

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