domingo, 23 de dezembro de 2007

Autonomia Emocional



Bom... até uns dias eu estava afim de escrever sobre aborto e salvar a vida das baratas. Parece engraçado, mas é bem sério. Também estava afim de dizer que mal não se faz, se recebe... Mas tudo isso pode ficar para depois. O que vou escrever hoje se trata de alguns acontecimentos que me chocaram. Eu preciso desenvolver esse assunto, mas nem sei onde vai dar.
Bom... Vou tentar ser bem direto... Mesmo sem saber a direção.
Antes quero sugerir que nunca menosprezem o sofrimento d alguém por mais desprezível q ele pareça.
Ontem eu vi um homem chegando à sua casa._Grande coisa, né?_Mas nisso d mto me chamou a atenção. Esse homem é mto solitário, e eu imaginei como teria sido sua entrada na casa (a musica que escolhi pra essa cena foi "A Lanterna dos Afogados" do Paralamas do Sucesso. hehe...). Este homem... talvez faça seu jantar sozinho, talvez ele não cozinhe bem, talvez se sente sozinho à mesa para jantar, talvez ele nem jante, talvez ele esteja deprimido, mas sempre desafoga um sorriso pra cumprimentar os vizinhos.
Não seria nda demais se há umas semanas ele não tivesse recebido a visita de um advogado com os papéis do divórcio pra assinar. Uma possivel surpresa, pois pra ele não havia nada d errado em seu casamento, e ele amava sua esposa ao que tudo indica... No fim apenas a casa era dele, ele teve de vender o carro, a moto, e até sua micro-empresa pra dividir meio a meio os bens. Uma grande separação da noite pro dia, pois ao sair pra trabalhar ele ainda era casado.
Ainda não é grande coisa né!?
Mas tbm tem a história do caminhoneiro q fugiu lrangando a esposa com três crianças, roubou o caminhão do patrão e também a filha do "Seu João"(hehe... esse não é o nome dele, só usei pra rimar). A menina tem 17 anos de idade e a polícia está louca atras dele, isso há uns três dias atrás.
Ainda tem o Fulanos que descobriu que a mulher anda saindo com o Cicranos e expulsou ela de casa com um filho d 4 anos(tbm na vizinhança). Fora isso tem o pai de uma amiga que brigou com a esposa antes de ontem de manha>> saiu bravo>> voltou d madrugada bebado>> brigou denovo>> saiu denovo, e está sumido até agora. E ainda não estou contando que ontém num consegui dormir cedo porque o casal da frente ficou fazendo barulho de bateção de porta, louça quebrando e gritaria até mais tarde. O mais engraçado foi a vizinha que entrou no porta malas do carro do marido e só conseguiu sair 4hs depois, no alto da Afonso Pena quando o safado estava atingindo o ponto P (de Problemão) com a outra 20 anos mais velha.
Dessas coisa todas são verdade, com um pouquinho d modificação nos nomes. A que ocorreu a mais tempo não tem duas semanas, e a q ocorreu mais longe não tem, dois quarteirões.
Ao que tudo indica a vida dessas pessoas sofrerão muitas mudanças radicais. E muitas sofrerão emocionalmente.

...

Sempre que eu vejo uma pessoa triste, brava ou nervosa, eu tenho vontade de encher o saco; cutucar, morder, fazer cócegas, empurrar... mas é porque eu não gosto d ver alguém sofrendo. Queria que todos fossem como eu... vivessem rindo, achassem graça d tudo, zombassem dos problemas na maior parte das oportunidades.

Eu disse isso a uma amiga que estava chorando e ela me disse:
"Mas Sergio, você tem muita sorte, porque você se dá bem com sua família, tem um emprego onde você se diverte fazendo amizades, se dá bem com seus patrões, você tem muitos amigos e uma namorada que você ama muito, sua vida é muito feliz."
Não disse nada na hora, mas minha resposta é: Se eu dependesse dessas coisas, família, amigos, namorada, enfim... Eu não seria tão feliz assim, pois sempre surge um problema tentando acabar com minha paciência e meu bom humor, mas eu deixo eles só na tentativa, hehehe.

Muitas dessas pessoas que eu citei no começo da postagem podiam não sofrer tanto se tivessem essa "autonomia emocional".

Talvez o meu único problema seja a carência, pois quanto mais feliz você é, mais você precisa de atenção pra compartilhar essa sua alegria... às vezes eu fico até falando essas coisas pra sei lá quem, apenas em pensamento... Muitas dessas coisas que eu posto no "Alta Voltagem" eu não tenho pra quem falar...
Mas quando eu coloco no "Alta Voltagem" já fico satisfeito, toda a atenção pela qual eu carecia, eu encontro nele. Mesmo que ele não esteja sendo bem visitado, ou que as pessoas que entram não dêem muita atenção a esses assuntos.
É engraçado não é? Até pra esse pequeno problema eu achei uma solução, e bem humorada.

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